E foi assim que nasceram as marchas nupciais...

O que muita gente não sabe é que as marchas nupciais têm uma historia... E não é assim tão pacífica. Fique para conhecê-las...

Acreditamos que não haja ninguém que, ao ouvir a marcha nupcial, não perceba logo que vem aí a noiva. A sua música é tão particular e fica tão facilmente no ouvido que não deixa ninguém indiferente. A imponência da melodia que ecoa, enquanto a noiva caminha de braço dado (normalmente com o pai), até ser entregue ao noivo, comove até os mais insensíveis. Mas o que a maioria não sabe é que existem duas versões da marcha, ambas originárias de espetáculos teatrais. Uma delas faz parte da peça "Lohengrin", composta por Richard Wagner em 1850, e a outra, da peça, de William Shakespeare, "Sonho de uma noite de verão", composta por Felix Mendelssohn. Ambos os compositores são alemães e viveram no século XIX.

A tradição das marchas surgiu no casamento da princesa Vitória de Inglaterra com o príncipe Frederick William, da Prússia, em 1858. A monarca utilizou mesmo as duas composições no seu casamento. A de Wagner foi aproveitada para a entrada e a de Mendelssohn para a saída. O que é certo é que esta prática se transformou em tradição. De tal forma que, ainda hoje, essas marchas estão presentes na maioria das cerimónias... Ou não...
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Foto: Pedro Filipe Fotografia ... Isto porque, mesmo já se tendo passado dois séculos, há quem diga que estas não deveriam ser tocadas num evento feliz e que deveria ter bons augúrios. A explicação é simples: a de Mendelssohn narra uma história pagã, sendo por isso vetada por algumas igrejas católicas. Já a de Wagner é considerada inapropriada por fazer parte de um trecho triste da ópera "Lohengrin". Esta partitura - "Bridal Chorus" é tocada no terceiro ato do espetáculo, quando Elsa e Lohengrin entram na câmara nupcial para consumar o casamento, naquela que se transformou numa trágica noite de núpcias. Isso aguça os pensamentos dos mais supersticiosos, que ficam logo a pensar que esse fato pode dar má sorte ao casal. A cena do casamento contém duas músicas. A composição de a Marcha Nupcial é tocada no final onde a personagem Lohengrin (que dá nome à opera) mata cinco convidados e foge deixando Elsa. A heroína não aguentou e acabou por morrer de tristeza.
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Timoteo Mendes Fotografia Foto: Timoteo Mendes Fotografia Esta composição (de Wagner) já chegou a ser "vítima" de preconceito em Portugal, uma tendência que já vinha ganho força na própria Alemanha (berço do autor). Como alguns padres católicos consideram que a composição de Wagner foi pensada para "criar um contexto de orgia", muitos não a veem com bons olhos, acabando por não permitir que seja tocada na "sua igreja. Embora não exista qualquer proibição explícita, muitos casamentos judaicos também não incluem a Marcha Nupcial de Wagner pela reputação antissemita do músico. A Igreja Católica e outras religiões também vetam, muitas vezes, a Marcha Nupcial de Mendelssohn devido ao enredo por trás da história de casamento de Titânia e Bottom, na história de Sonho de uma Noite de Verão. Esta é uma história de vingança, não aprovada pelos cânones da igreja católica.
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Foto: Boris The Cat

Curiosamente, a rainha que difundiu a tradição destas marchas nupciais foi também a responsável pela tradição de a maioria dos vestidos de noiva serem brancos. E você, quer manter a tradição ou consideraria usar um traje, próximo da cor champanhe, por exemplo?

Se tiver interesse em mandar tocar alguma destas marchas na sua boda, não deverá ter qualquer problema, em especial, se for no civil. Caso contrário, a Avé Maria, de Schubert, poderá ser uma boa opção.

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