Os dias são de felicidade. Você vai finalmente casar! O pior é que uma situação inusitada fê-la sentir-se muito mal. Não se culpe. É natural. E mais natural ainda é expressar esse sentimento negativo. Não guarde para si, liberte-se!
As pessoas são mais felizes, se conseguirem expressar o que sentem, mesmo que não seja nada de agradável, conclui um estudo recente, desenvolvido por investigadores israelitas.
Filipe Santos - FotografiaA pesquisa teve como base os sentimentos de raiva e ódio, por isso não se generaliza a todo o tipo de emoções negativas. Seja como for, conclui claramente que é de extrema importância deixar “sair” o que sente. A sensação de alívio e de libertação ajuda a lidar com o problema. Outra surpresa tem a ver com o sentimento esperado. Se a pessoa acha que certa situação deveria ter-lhe provocado dor, sente-se mais feliz se realmente a tiver sentido.
Para chegarem às suas conclusões, os pesquisadores basearam-se em 2300 estudantes universitários do Brasil, Estados Unidos, China, Alemanha, Gana, Polónia, Israel e Singapura. Começaram por perguntar-lhes sobre as emoções que cada um tinha e as que desejavam sentir. Depois, avaliaram as respostas com a forma como estes avaliavam os seus níveis de felicidade e satisfação. Conclusão: felicidade é muito mais que ter prazer ou evitar a dor.
Aguiam Wedding PhotographySenão vejamos, 11% dos participantes desejavam ter menos emoções positivas, enquanto 10% queria ter sentimentos negativos, contou à BBC a autora principal do estudo, Maya Tamir. Mas se tivermos em conta que estes sentimentos desejados têm a ver com situações concretas, a surpresa por estas percentagens deixa de fazer sentido. Por exemplo, se um individuo não sente raiva quando lê ou ouve sobre algo negativo, como é o caso do abuso infantil, pensa que deveria ter sentido.
A pesquisadora da Universidade Hebraica de Jerusalém dá ainda o exemplo de uma mulher que não consegue deixar o marido, que abusa dela. Neste caso, a mulher gostaria de não amar tanto o esposo, porque seria mais feliz se conseguisse libertar-se dele.
Filipe Santos - FotografiaEste estudo é, contudo, acusado de ser limitado, precisamente por só ter tido em conta os sentimentos de raiva e ódio. Anna Alexandrova, do Instituto de Bem-Estar da Universidade de Cambridge (Reino Unido) chega mesmo a afirmar que a pesquisa de Tamir coloca em causa o conceito tradicional de felicidade, como equilíbrio entre emoções positivas e negativas. “O ódio e a raiva podem ser compatíveis com a felicidade, mas não há indícios de que outras emoções desagradáveis, como o medo, a culpa, tristeza e ansiedade o sejam”, argumentou.
A cientista defende o seu estudo, afirmando que este chama a atenção para a importância que as pessoas dão à felicidade e a pressão (negativa) que isso lhes provoca.
Filipe Santos - FotografiaPor fim, Maya Tamir sente necessidade de lembrar que o seu estudo não se aplicar a pessoas com depressão, porque quando estão em baixo querem sentir-se ainda mais tristes e menos felizes que as outras.
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