Feliz Dia de Orgulho Gay!

Porque é que a comunidade LGTB+ merece um dia especial? Contamos-lhe tudo, aqui! E continuamos a sonhar por um dia melhor, "somewhere over the rainbow"!

Na Zankyou estaremos sempre a favor do Amor. E o Amor não é mais do que dar e receber, sem esperar nada em troca. Não importa como são e quem são os elementos de um casal. O importante é que se amem e que sejam felizes.

Como todos os anos, neste 28 de junho celebra-se o Dia de Orgulho Gay. É um dia especial, uma festa e um momento de união pela defesa dos direitos da comunidade LGTB+. Mas esta combinação de vozes não pertence apenas à comunidade, mas também a todas as pessoas que a apoiam. O objetivo? A luta contra o ódio. Tolerar. Evoluir. Tornar tudo natural, de uma vez por todas.

Mas o que sabe sobre este dia? Nós contamos tudo.

Quando nasceu?

Corria o ano de 1969. Nos Estados Unidos, o panorama político era extraordinariamente hostil. Os principais focos de reivindicação social  eram as manifestações contra a Guerra do Vietnam, o movimento hippie e o movimento afro-americano em defesa dos direitos civis, pelo que o Governo e as forças de segurança enfrentavam contínuos protestos, aos quais reagiam através da força.

No meio de toda esta situação, o Governo assumia também uma atitude de perseguição contra o coletivo LGTB+, que culminou no dia 28 de junho de 1969. Nessa data, a polícia organizou uma rusga ao bar Stonewall Inn, na Greenwich Village nova-iorquina, que todos sabiam receber homossexuais marginalizados. A alegação foi a falta de licença para bebidas, mas o verdadeiro motivo todos sabiam qual era, pelo que os travestis presentes foram presos.

Só que, ao contrário do que todos estavam habituados, e fartos do trato discriminatório do Governo, os elementos da comunidade LGTB+ que estavam no local decidiram resistir. Era a primeira vez que isto ocorria e, depois de dois dias de confrontos intensos - no quais os homossexuais contaram com a solidariedade dos habitantes locais - a polícia foi obrigada a desistir por decisão do Presidente da Câmara local. No terceiro dia, num Domingo, as coisas pareciam ter voltado ao normal e o bar Stonewall foi reaberto. Os seus clientes habituais voltaram, a polícia deixou-os em paz durante algum tempo e os jornais acabaram por se ocupar de outros assuntos.

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Foto Divulgação

Mas a verdade é que tudo tinha mudado. A partir dessa data, gays e lésbicas perceberam que nunca seriam aceites pela sociedade se ficassem apenas "à espera" e a depender da boa vontade da sociedade. Esta rebelião demonstrou que a atitude deveria ser de "confronto": era preciso exigir respeito. Foi, assim, que nasceu uma forte comunidade e foi assim que nasceu o Dia do Orgulho Gay como homenagem a esta data e para celebrar o orgulho do amor livre. Coincidentemente, no mesmo mês em que morreu Judy Garland (22), um dos grandes ícones da comunidade gay que, em "O Feiticeiro de Oz", sonhava com um mundo melhor, somewhere over the rainbow!

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 Bikeworldtravel Foto: Bikeworldtravel

Porque é que se fala em orgulho? Porque é que o coletivo merece um dia especial? 

Não são raros os heterossexuais que atentam contra este tipo de celebrações. O seu argumento não é outro senão a de ausência de um dia especial para o heterossexual, no qual este também demonstre o seu orgulho pela sua orientação. No entanto, é importante salientar que o coletivo heterossexual jamais se sentiu perseguido por amar. O coletivo heterossexual jamais teve de se defender pelos seus direitos para contrair matrimónio, para ter filhos ou para, inclusive, poder falar da sua orientação. Os elementos do coletivo heterossexual jamais foram rotulados de doentes pelas sua condição. Porque hão-de merecer um dia? E não é o ano inteiro heterossexual?

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QuHist Foto via QuHist

Apesar do mundo ter mudado consideravelmente, a comunidade LGTB+ continua a sofrer maus-tratos e humilhações. Ao dia de hoje, o casamento homossexual só é permitido em 28 países do mundo (entre quase 200), sendo que em muitos outros ainda existe a pena de morte aplicada a que em é, simplesmente.... homossexual! Já para não falar que o coletivo continua a ser alvo de estereótipos que reduzem a sua condição ao ridículo.

Em épocas mais obscuras, eles foram mesmo presos e mortos só por amarem ou desejarem pessoas do mesmo sexo. O matemático Alan Turing, um dos pioneiros da computação, em vez de ir para a prisão foi submetido a castração química por ser gay, procedimento que reduziu a sua libido, limitou o seu trabalho e quase o levou ao suicídio. E este é só um exemplo.

Hoje, o amor está em todos os lados, em todas as suas formas, em todos os seus estados, em todas as suas paixões. Por isso, devemos celebrá-lo!

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