'O Diário de uma Paixão' real: porque a vida pode surpreender!

Jack Potter decidiu que a sua mulher não ia esquecer a sua história de amor. Para isso, os melhores remédios: um diário, muitas recordações e a esperança.

Sabemos que o amor pode tudo, mas por vezes há batalhas muito duras para se travar. Sobretudo quando a doença se torna a principal rival e parece não haver armas suficientes para lhe fazer frente. Mas o amor é uma boa via para encontrar a esperança!  Foi o que aconteceu a Jack Potter e à sua mulher, Phyllis, vítima da demência senil. À falta da memória da sua companheira, o homem recorreu à sua imaginação para passar bons momentos com o amor da sua vida, alimentando e avivando memórias e recordações.

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Twitter de Buenas Noticias Jack e Phyllis Potter. Foto: Twitter de Buenas Noticias

No caso de Potter, a sua arma para lutar contra o esquecimento foi um diário. Soa-lhe familiar? Sim, a história assemelha-se muito ao argumento do romance de Nicholas Sparks, adaptado para filme, "O Diário da Nossa Paixão", no qual um marido também recorda à sua esposa, doente de Alzheimer, todo o seu idílio amoroso através de um diário. Apesar da doença não ser a mesma - embora os sintomas, sim - a intenção e a encantadora lição sobre o amor e a esperança são idênticos.

Jack Potter recorreu às suas memórias escritas desde o dia 4 de Outubro de 1941, o dia em que dançou a primeira dança com a mulher da sua vida. "Foi uma tarde fantástica. Dancei com uma rapariga maravilhosa. Espero vê-la de novo", escreveu Potter pela primeira vez.

O autor do diário tem todos os detalhes da sua vida com Phyllis escritos com o sentimento de quem foi um apaixonado pela vida: o primeiro beijo, a vida com os seus filhos, os seus animais de estimação...Também as fotografias que apoiam cada palavra, cada momento.... Casaram-se um ano e meio após o dia do grande baile e não há episódio da sua vida que não apareça relatado, mesmo que seja brevemente.

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Casey Gutteridge Foto: Casey Gutteridge

Apesar dos seus 90 anos, Potter vai à residência onde Phyllis passa os seus dias para relatar-lhe a sua história de amor. Fá-lo sem perturbar as suas emoções, com o braço ao seu redor e entoando as suas próprias palavras, alto e bom som, para que a mulher não perca nenhum detalhe. Como dois apaixonados! "Apesar do seu estado, é muito carinhosa e abraça-me cada vez que a vou ver", explica Potter. E, provavelmente, acaba mesmo por recordar os seus melhores momentos da vida junto a Jack.

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Ruslan Guzov Foto via Shutterstock: Ruslan Guzov

Não acha que é positivo não perder a esperança? Ou parece-lhe que a resignação é o caminho certo? Jack acha que não há que render-se, inclusivamente perante a doença. Sim, porque às vezes a vida pode surpreender!

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