Aos poucos e poucos, o papel das mulheres na sociedade tem vindo a alcançar uma relevância cada vez maior e que sempre devia ter tido. Contudo, no campo cinematográfico e televisivo, os homens continuam a possuir a grande maioria dos papéis. Felizmente, as personagens femininas começam a ganhar destaque e deparamo-nos com performances de mulheres incríveis. Neste caso, centramo-nos nestas protagonistas que têm gritado "basta" e acabado com os estereótipos. O próximo passo é a igualdade salarial destas mesmas atrizes.
Carrie Matthison (Homeland)
Indomável, inteligente, com carácter, valente... Os adjetivos para caracterizar esta personagem, interpretada por Claire Danes, são infinitos. Não tem nada a ver com as mulheres frágeis e angelicais que, há uns anos, o cinema fazia questão de nos apresentar, nomeadamente a Disney e os seus primeiros filmes. Carrie dá voz à cantora do CIA e desfruta do trabalho de campo em zonas em conflito, desenhando, então, estratégias. Sabe ser fria e encantadora, quando considera que o deve ser... No entanto, tem um pequeno problema: ninguém a suporta, quer estejamos a falar de mulheres ou de homens.
Claire Underwood (House of Cards)
Robin Wright interpreta Claire Underwood, a esposa de Frank Underwood, um congressista que, pouco a pouco, vai subindo na hierarquia do governo com métodos pouco ortodoxos. Clara caminhava ao lado do seu marido para alcançarem o poder e começa a ganhar uma relevância cada vez maior com o passar das temporadas. Desta forma, torna-se independente do seu marido, mostrando-se forte, com poder, inteligente, sem medo de nada e com a mesma ambição que o seu marido. Ninguém é capaz de parar uma mulher com estas características.
Daenerys Targaryen/Khalessi (Games of Thrones)
Uma autêntica referência ao novo século, esta mulher procura honrar a sua família e recuperar o trono que lhe pertence. Para este efeito, é capaz de combater com o seu irmão, recrutar soldados, lutar pela justiça, mostrar mão firme perante as adversidades e, definitivamente, colocar-se como uma futura rainha imparável que, para além de governar com inteligência, saiba escutar os seus cidadãos. Enquanto percorre este caminho longo irá lutar, queimar-se, dominar dragões, enfrentar todo o tipo de inimigos e, acima de tudo, vai mostrar a sua valentia permanente. Assim se veem os grandes líderes!
Lady Sybil Crawley (Downton Abbey)
A pequena dos Crawley começa a série em grande. Apesar de pertencer a uma família da aristocracia britânica, a defesa pelos direitos da mulher sempre esteve no seu sangue e mostra a sua posição, essencialmente, em reuniões e comícios para ouvir as palavras de muitas mulheres. Embora tenho um status devido à sua família, tenta trabalhar e apaixona-se por um jovem de uma classe social mais baixa que a faz feliz. Para cumprir todos os seus desejos, vai ter de enfrentar a sua família e colocar os seus desejos acima dos preconceitos da classe onde está inserida e do género. Um verdadeiro exemplo para a época na qual a série se desenrola.
Alicia Florrick (The Good Wife)
A protagonista de The Good Wife dá uma volta de 360 graus na sua vida depois de ter sido humilhada pelo escândalo sexual do seu marido, o famoso político Peter Florrick. Agora, enquanto uma mulher nova que abandona o seu papel de mulher com um papel meramente decorativo, deverá tomar conta da sua ida e escolher o seu próprio caminho, mostrando-se independente e segura de si mesma, apesar dos altos e baixos que atravessa. Para isto, retoma a sua carreira de advogada e luta por sobreviver num mundo repleto de armadilhas.
Hannah Horvath (Girls)
Um grande ícone do feminismo graças à visão que Lena Dunham oferece da mulher que assume nos seus papeis como atriz, criadora e porta-voz das mensagens que defendem as mulheres. A sua personagem na série televisiva Girls mostra, naturalmente, como uma mulher real afastada dos estereótipos de beleza estabelecidos pela sociedade superficial. Por esta razão, ela e o seu companheiro aparecem nús sem quaisquer complexos, como faria qualquer outra pessoa na sua própria casa e expondo o seu corpo sem ter alguém a julgar em todo o tipo de situações, desde as mais sexuais às mais normais. Mulheres verdadeiras, diríamos!
Piper Chapman (Orange is the new black)
Apesar do facto de Piper Chapman ter crescido numa boa família, a vida levou-a por outro caminho, fazendo algumas loucuras, acabando por ir para a prisão por um crime que cometeu no passado. Ao ponto de se casar com um homem, a sua passagem pela prisão acaba por alterar a sua vida, mas de uma forma muito mais acentuada. Não só volta a cair nos braços de uma mulher (o que já teria feito com a principal causadora do crime que a colocou na prisão), mas procura também ambiente bastante hostil para a sua sobrevivência. De uma mulher "fraca" passa a uma autêntica guerreira, evitando que a pisem e a tentando de ser a novata.
Virginia Johnson (Master of Sex)
Baseada numa história real, a série televisiva Master of Sex narra o caminho dos médicos William Masters e Virginia Johnson que prossegue na explicação da sexualidade. Deste modo, Johnson não consegue apenas explicar os conceitos como o orgasmo múltiplo feminino e outros assuntos sexuais, sem colocar em causa os valores das mulheres como pessoas inteligentes, tal como demonstra a médica ao longo das temporadas.
Mindy Lahiri (The Mindy Project)
Mas uma médica que se destaca neste panorama. Desta vez, uma ginecologista inicia as suas consultas a homens graças ao seu talento e ao modo como resolve os problemas.
Liz Lemon (30 Rock)
30 Rock é uma série na qual a personagem, criada e interpretada por Tina Fey, altura o papel que a sociedade de antigamente implantou na mulher. Solteira no início dos seus 40 anos, desajeitada e não muito elegante, a sua mais-valia como a chefe de guionistas do programa no qual trabalha, torna-se numa profissional de sucesso com o seu humor e know-how.
Olivia Pope (Scandal)
A temática na qual esta série está enquadrada e o facto da protagonista ser uma das poucas de raça negra da televisão atual são algumas das razões pelo seu grande sucesso, combatendo os estereótipos das mulheres. O desequilíbrio continua presente em Hollywood, mas aos poucos e poucos, muitos artistas estão a ganhar voz e a promover a necessária diversidade dentro do cinema e da televisão. Neste caso, Olivia Popelestá encarregue de resolver as crises que podem afectar a imagem das grandes celebridades, nomeadamente do Presidente dos Estados Unidos. O seu papel relevante demonstra um poder indiscutível.
Estas mulheres têm vindo a mudar o panorama televisivo porque refletem a sociedade na qual nos encontramos. Contudo, ainda temos um longo caminho a percorrer e são vocês, as mulheres reais deste mundo, que devem seguir e dar o exemplo.
Descubra também as mulheres que são um verdadeiro exemplo na luta pelos direitos das mulheres.
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