Apresentamos-lhe Ahmed e Khadijah, um casal de origem síria que está casado há 65 anos. A sua história de amor vem de longe. Os seus pais eram muito amigos e eles conheceram-se ainda em crianças. O amor abriu o seu caminho e, apesar de serem ainda muito jovens, não demoraram muito dizer o "Sim!". Formaram uma família bastante numerosa: oito filhos. E viveram em harmonia numa pequena aldeia da Síria, sempre a trabalhar arduamente. Criaram os seus filhos e tudo estava perfeito... até que chegou a guerra!
Kadijah fala orgulhosa do amor do seu marido por ela e pelos filhos, bem como da sua luta para lhes dar o melhor durante o tempo em que viveram juntos. Sim, porque com a chegada do conflito bélico, a família separou-se. Os filhos do casal vivem actualmente na Turquia, com poucas probabilidades de regressarem a casa, devido às difíceis circunstâncias que o país atravessa. Apesar de tudo, Ahmen e Khadijah vão buscar forças apoiando-se num no outro. É digno de ver que, perante uma situação de vida tão complicada, um casal tenha uma postura tão magistral perante uma situação tão devastadora.
Por vezes, quando surge o desespero, o casal perde a esperança e apoia-se nas suas crenças religiosas, sem esquecer o amor que ainda sentem um pelo outro após mais de 65 anos a partilhar uma vida. Actualmente, vivem com a esperança de poder vir a reunir-se com todos os seus filhos, mas defendem-se dizendo que têm sempre um ao outro para superarem, juntos, todos os problemas. E dizem-nos com um bonito sorriso nos lábios. O amor e o respeito sempre vão aparecendo um pouco por todo o lado... felizmente!
A história deste casal sírio não será a única que supera lutas diárias com base no carinho. Oxalá o amor deixe de ser o medicamento utópico para combater a grande quantidade de conflitos que nos esbofeteiam diariamente e nos fazem cair na realidade. Oxalá sejamos capazes de evitar que o mundo continue a perder a cabeça. Oxalá sejam histórias como esta que derrubem os muros da violência. Continuamos a ter esperança que tudo mude, mas para isso há que trabalhar valores como o respeito e o amor. E sabermos olhar, olhos nos olhos, como eles têm feito há mais de 65 anos.
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