Acredita no amor à primeira vista? Uma relação com futuro ou pura ilusão?

O amor à primeira vista é algo com que todas sonhamos desde os tempos da Cinderela e da Branca de Neve. Um beijo terno e doce... um simples beijo poderia mudar a nossa vida amorosa para sempre e era o símbolo da prometida felicidade a dois. Mais tarde, as séries e os filmes fizeram-nos acreditar que o amor à primeira vista era possível. E quem já não fez coisas ridículas por amor?

Quem já não foi surpreendida ao achar que algo não ia resultar e depois foi uma das melhores experiências das sua vida?! O contrário também acontece algumas vezes... achamos que ele é o tal e a química até foi instantânea, mas depois... nada. Neste artigo revelamos-lhe se a sua relação tem possibilidades de durar quando se apaixona à primeira vista.

Como saber se aquela pessoa é a tal?

Simples: não sabemos. É algo que se sente ou não se sente, literalmente. Há pessoas que se amam e desde o início da relação sentem que algo não está bem. Há algo que lhes diz que embora se amem imensamente, aquele relacionamento não tem hipóteses a médio/longo prazo.

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Será que foi amor à primeira vista ou uma simples atração?

Conheceram-se casualmente e desde o início que se criou uma empatia imensa e não conseguiram parar de falar a noite toda. Trocaram contactos e o seu coração e a sua mente não conseguem desligar... O que será que ele está a fazer? Será que pensa em mim? Porque é que ele demorou tanto tempo a responder às minhas mensagens? Será que está interessado?

Pois bem, podemos categorizar a atração de algo menos profundo, quando se fala num primeiro encontro. A empatia que surgiu entre os dois pode ser apenas isso: pura empatia. Falaram durante horas, é certo. Mas isso não significa que ambos estejam “caidinhos” um pelo outro. Podem ter apenas muito em comum e, por um infinidade de razões, ter necessidade de conversar com alguém sobre esses assuntos. E, claro está, além da atração pelo intelecto, há a atração física. É inevitável não reparar no outro, ainda mais, quando algo nos agrada à vista.

Sabemos que não é amor à primeira vista quando a empatia e a necessidade de manter contacto com uma determinada pessoa se desvanece com o tempo. Mas, se ao contrário, o sentimento tem vindo a aumentar, isso pode significar algo.

A definição de amor à primeira vista está frequentemente associada a um sentimento de paixão súbita, em que o Cupido crava uma flecha no nosso coração, e da qual não conseguimos escapar. A maior parte das pessoas assegura que já se apaixonou à primeira vista. Ou que quando conheceu alguém soube, desde logo, que aquele era o amor da sua vida. Mas, será que isso é possível?

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O amor à primeira vista aos olhos da ciência

Uma pesquisa de 2017 da Universidade de Groningen, revelou que 56% dos americanos acreditam no amor à primeira vista. Mas o estudo explica ainda a origem desse sentimento como uma espécie de "ilusão positiva", uma emoção positiva associada à possibilidade de um relacionamento entre um casal. 92% das pessoas entrevistadas indicaram ter vivido um amor à primeira vista e asseguraram que, depois, o sentimento se desenvolveu e tiveram um relacionamento romântico. A pesquisa revelou que o fator predominante para a sensação de amor à primeira vista é a atração física, que desperta o desejo relativamente a outra pessoa. Os resultados mostraram que curiosamente, os homens são mais propensos a experimentar o amor a primeira vista do que as mulheres, dada a forma intensa com que experimentam o sentimento de paixão.

Além disso, a psicologia diz que temos a tendência para atribuir traços de personalidade mais positivos às pessoas que consideramos fisicamente atraentes e que esta avaliação positiva do outro pode contribuir para a ilusão de que nos apaixonámos à primeira vista. Assim, o amor à primeira vista é visto pela ciência como uma forte atração inicial que pode passar ou ser mantida, o que define ou não a passagem à fase seguinte do relacionamento.

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E poderá mesmo resultar? Será mesmo um amor para sempre?

O aumento do ritmo cardíaco, borboletas no estômago, mãos suadas… é impossível ignorar as reações que o nosso corpo manifesta quando sentimos que estamos apaixonados. A ansiedade de um segundo encontro, tentar encontrar a maquilhagem, a roupa e o penteado perfeitos. Verificar o hálito e ajeitar o cabelo 30 vezes antes de ele chegar...

Mas estas reações nada têm a ver com o Cupido e sim, com o nosso cérebro, que produz hormonas como a oxitocina, a dopamina e as endorfinas, produzidas no momento do encontro e responsáveis por uma panóplia de emoções positivas, fantasias e desejos de intimidade para com o outro.

As consequências

Um encontro que nos apela ao coração não nos deixa indiferentes, bem sabemos. A maior parte das pessoas que afirmam terem-se apaixonado à primeira vista suspendem as outras áreas da sua vida e colocam como prioridade máxima viver esse amor.

É verdade que “o amor é fogo que arde sem se ver”, já dizia Camões, mas a verdade é que o amor cega e é preciso estar atento aos primeiros sinais de uma relação, mesmo antes de ela começar. Estar apaixonada pode ser extraordinário, mas é importante manter uma dose de racionalidade, para não criar expetativas ilusórias e deixar-se iludir em demasia. Se assim for, o regresso à realidade pode ser brutal...

Ele é a pessoa ideal para si?

Se neste momento vive uma história de amor à primeira vista, fique atenta. As pessoas revelam muito mais do que imaginamos nos primeiros encontros. Basta estar atenta aos sinais e reparar nas atitudes e postura da sua crush durante os primeiros tempos.

É certo que, no início, tendemos a querer agradar o outro. Faz parte do ritual de sedução entre dias pessoas que se sente atraídas uma pela outra. Mas é impossível esconder o que somos permanentemente. É através da análise da postura que conseguimos perceber a personalidade de quem temos à frente e perceber se a relação tem “pernas para andar”.

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Uma relação com futuro ou pura ilusão?

Oprah Winfrey referiu muitas vezes que se um homem deseja uma mulher, nada o pode manter longe, mas se ele não a deseja, nada o pode manter por perto, por muito que tente. A apresentadora de televisão norte-americana vai mais longe e desafia as pessoas a seguirem a sua intuição para que se protejam das mágoas, de um relacionamento que pode já estar condenado à partida.

Tentar ser uma pessoa diferente porque está a iniciar uma relação não a levará a bom porto. É preferível dar tempo para que o amor se desenvolva naturalmente. Oprah recomenda a todas as mulheres que não dediquem a sua vida a um homem até que encontrem um que realmente as faça feliz. Se a relação terminar porque, de alguma forma, ele não a fez feliz, ultrapasse-o e siga em frente.

Segundo Oprah, se sentir que um homem está a dar desculpas e a protelar algo, provavelmente é porque está mesmo. Por isso, não se iluda. Ele pode simplesmente não ser a pessoa ideal para si. A única pessoa que pode mudar ou controlar numa relação é você mesma e, ainda assim, os traços da sua personalidade estão sempre lá! Somos o que somos, não há volta a dar.

Oprah chega mesmo a ser radical quando diz que as mulheres devem evitar homens que têm vários filhos de mulheres diferentes. Ela alega que se um homem não casou com elas quando elas engravidaram e não as apoiou, certamente vai continuar com o mesmo padrão de comportamento.

Quais os segredos para um relacionamento saudável?

O conceito de relacionamento saudável varia de pessoa para pessoa, mas deixamos aqui algumas recomendações sobre as quais é importante refletir:

• 1. Mantenha o seu círculo de amigos separado do dele

Amam-se, é certo! Mas nenhum relacionamento aguenta uma dose excessiva de monotonia, diariamente. Por isso, é importante que ambos tenham amigos em separado e, de vez em quando, possam desfrutar da sua companhia em exclusivo. É saudável ter saudades do outro quando se está num relacionamento, ainda que acredite que estarem juntinhos para sempre é que é o sinónimo da felicidade.

• 2. Se ele a irritar, não se cale

Diga com delicadeza o que a desagradou. Ninguém deve adotar a postura de uma "panela de pressão" num relacionamento e, muitos casais fazem isso, infelizmente. Depois, inevitavelmente, chega o dia em que já não é possível suportar um comportamento que nos desagrada e explodimos, acabando por ferir o outro, sem termos muitas vezes a noção de que ele poderá não se ter apercebido que determinada atitude era inaceitável para nós.

• 3. Não tente mudá-lo

Convença-se de que não pode mudar os outros. A mudança vem de dentro. Se há alguma atitude que a deixa desconfortável, já conversaram e nada muda, não pense que não há mais nada a fazer. Muitas vezes, uma mudança de atitude é a suficiente para que o outro comece a olhar para nós de outra forma. O segredo está em depois não voltar ao seu padrão antigo de comportamento, mas adaptar a mudança à sua personalidade, com vista a uma evolução saudável na forma de se relacionar com o outro numa relação.

• 4. Não o torne um semi-deus

Ele é um homem com personalidade e características que a fascinam, é um facto, mas nada mais além disso. Criar castelos no ar só a vai fazer desiludir-se facilmente. Não deixe que ele a defina nem o deixe sentir que, de alguma forma, ele é melhor que você mesma, mesmo que ele tenha um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.

• 5. Dê-se ao respeito

Esta é forte, bem sabemos. Mas, a verdade é que um homem vai tratá-la sempre da forma que permitir que ele a trate. Tenha isso em mente sempre que pensar e abdicar de si própria por uma relação. Um relacionamento é algo que deve ser compartilhado, tanto nos bons momentos, bem como na altura de cumprir as vossas obrigações e assumirem responsabilidades.

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Como vê, os relacionamentos têm muito mais para lá do que uma atração ou sensação de amor à primeira vista possam transmitir. O primeiro encontro é isso mesmo, um primeiro encontro. O que define a passagem a algo mais é a forma como ambos investem na relação. Saiba quais são as 14 coisas que os homens não suportam nas mulheres. Conheça 6 formas de começar uma relação que dure para sempre e saiba como superar os ciúmes numa relação.