Devo adotar o apelido do meu marido quando casar?

Apesar de antigamente a tradição mandar as mulheres adotarem o nome do marido, esta prática tem vindo a mudar. A tendência atual é para que ambos os noivos mantenham os seus nomes de solteiros

Ou, pelo contrário, deverá ele ficar com o meu? Esta questão já não é tão simples como antigamente. A tradição e a lei mandavam que a mulher adotasse o nome do marido. Só que a sociedade mudou e, com ela, o papel da mulher. Como poucas mulheres trabalhavam, acabando por depender financeiramente do homem, estas ficavam com o seu nome como forma de dizer que agora passavam a ser responsabilidade de outra família. Só que os tempos são outros, a tradição, mais uma vez, já não é o que era e a lei teve de se adaptar. De tal forma, que hoje até pode ser o homem a acrescentar o nome da mulher. No entanto, em algumas famílias mais tradicionais, a decisão da esposa não aceitar o nome do marido pode ainda ser malvista. Existem ainda casos mais extremos de casais que optam por excluir o apelido de solteira da esposa para substituí-lo pelo do marido. Curiosamente, em alguns casos porque ela própria prefere ter um nome curto (mais prático) e fácil de assinar.
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Foto. Aguiam Wedding Photography Esta questão tem gerado polémica, uma vez que há quem considere esta questão bastante machista. Contudo, os casais já são livres de tomar a decisão que quiserem. Há exemplos em que os dois acrescentam o sobrenome do outro, como sinal de amor e compromisso. Mas assim os apelidos acabam por ficar trocados. Por exemplo, se o homem se chamava Cunha e a mulher Oliveira, ele passa a ter como apelido: Cunha Oliveira e ela Oliveira Cunha. Para evitar essa situação, a lei permite que o casal escolha a ordem dos sobrenomes. Neste caso específico, a nova família poderia passar a chamar-se Cunha Oliveira ou Oliveira Cunha. Muitas vezes, o casal só altera o apelido, quando têm filhos. Assim, ficam todos com o mesmo nome. Contudo, pode ficar tudo na mesma. Ou seja, nenhum dos elementos é obrigado a mudar de nome, quando casa. É uma forma de manterem a sua identidade e fugirem à burocracia de mudar os documentos. Esta é, aliás, a opção mais corrente, atualmente. Já são mais de 60% as mulheres que optam por manter os seus nomes, segundo dados do Ministério da Justiça.
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Foto: Marcia Raposo Photography Se, por acaso, o casal optou por alterar os sobrenomes, pode um dia reverter tudo. Em caso de divórcio, por exemplo. Terá é de voltar a ver com toda a burocracia e custos inerentes. O importante a reter é que a sociedade está a adaptar-se aos novos tempos e a respeitar a igualdade entre homens e mulheres. Aos poucos, aqueles que ainda julgam que as esposas têm de aceitar o nome dos maridos vão deixando de pensar assim. Se bem que muitas vezes são as próprias mulheres que não mudaram o chip e ainda optam por adotar o nome do marido. Muitas porque gostam de respeitar a tradição e não o veem como uma quebra na sua própria identidade, outras porque querem agradar o futuro esposo, ou por outras razões pessoais.
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Foto: Estúdios Santa Cruz Em Portugal, a lei prevê que o homem tenha a faculdade de escolher o sobrenome da mulher, desde 1978. Ninguém diria, uma vez que quase 40 anos depois, esta opção está longe de ser uma prática corrente.

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