Assim que leu o título deste artigo, de certeza que a primeira imagem que lhe ocorreu foi a de Chandler Bing (Mattew Perry), da série Friends. É que a fobia que este tinha de se comprometer ficou para a história das comédias românticas. Apesar de na série ser usada para criar cenas hilariantes, na vida real esta pode ser um verdadeiro problema. A fobia de se apaixonar e se relacionar com alguém (filofobia) é uma realidade que cresce à medida que os anos passam, provavelmente motivada por algum relacionamento que falhou, provocando trauma. Mas há sempre aqueles que apenas gostam de se fazer difíceis e que medos não têm nenhuns...
Nós damos-lhe uma ajudinha para perceber se o seu amor sofre ou não de filofobia. Esteja a tenta a estes sinais:
Foto: 'Friends'Educação machista / síndrome de Peter Pan
A educação tem muito a ver com a personalidade das pessoas e a forma como estas se desenvolvem e vivem a vida. Apesar de estarmos em pleno século XXI, ainda há famílias que educam os filhos de forma diferente, conforme o género. As meninas são preparadas para tomarem conta da família e os rapazes a serem mais livres e aventureiros. Talvez por isso sejam muitas vezes chamados de eternas crianças. A falta de responsabilização torna-os mais infantis e incapazes de assumir compromissos. Se for esse o caso do seu namorado, ele só precisa de amadurecer um pouco mais, porque foi afectado pelo síndrome de Peter Pan. O pior é se já evoluiu para algo mais sério. Se tem dúvidas, leve-o a um psicólogo.
Traumas
Como foi referido na introdução, há episódios traumáticos e experiências menos boas que levam a que os homens pensem duas vezes antes de assumirem um compromisso amoroso. Ocorre após uma ruptura dramática, de muitos anos de relacionamento, independentemente de o traumatizado ter sido deixado ou ter sido ele a acabar com a relação (por um motivo muito forte). Contudo, a experiência de terceiros também pode traumatizar. É o caso do divórcio dos pais. Por norma, eles são colocados num pedestal, os ídolos dos filhos, mas acabam por provar que não são assim tão infalíveis. Os amigos que se divorciam também não são bons exemplos. Se o seu namorado testemunhou vários casos destes, é bem possível que esteja a desenvolver uma certa fobia a relacionamentos, sim! Cabe a si, demonstrar-lhe que não há razão para medos.
Leveza emocional
Auto-sabotagem
Um dos sinais mais evidentes de quem tem pavor a relacionamentos é o facto de sabotar a sua própria relação, muitas vezes, de forma inconsciente. Os filofóbicos começam a tentar encontrar aspectos negativos na pessoa amada. E mesmo que sejam ínfimos ou apenas imaginação, ele dá-lhes uma proporção desmesurada. O seu objectivo é desencantar-se pela pessoa com que namora e evitar assim tomar decisões mais sérias e complicadas de voltar atrás. Muitas vezes, eles acabam por se relacionar com pessoas com as quais já sentem que é muito difícil virem a ter um final feliz. Essas pessoas geralmente têm alguns problemas e são muito diferentes dele. Isto só por si já tranquiliza o filofóbico.
Ambiguidade
Talvez esta seja uma das características mais facilmente identificáveis num filofóbico. Quando alguém lhe pergunta sobre o seu relacionamento, ele quase nunca usa palavras que dêem força ao mesmo. Por exemplo, termos como "noiva" tendem a ser substituídas por outros muito mais leves e sem carga afectiva. Este até chega a fugir da palavra "mulher", quando já é casado. O futuro é incerto e há palavras que, de alguma forma, parecem restringir-lhes a vida. Pelo menos, é assim que ele pensa...
Indecisão
Se já por si o filofóbico é inseguro, nunca vai mostrar-se seguro na altura de tomar decisões. Não consegue ver claramente nem pensar com calma. Quando lhe perguntam como está a correr o relacionamento, ele mostra-se hesitante e é bem capaz de querer mudar de assunto. O mesmo acontece quando é a namorada a pedir-lhe para se decidir rápido e tomar uma decisão quanto ao casamento. Cuidado que ele é bem capaz de desmaiar. Não o apanhe desprevenido!
Medo de rejeição
Os filofóbicos procuram o controle excessivo das situações e do parceiro, porque a sua baixa auto-estima tende a potenciar o seu medo de rejeição. Esta situação, por sua vez, leva à tal fobia pelo compromisso. O ciúme também os "assalta", não fosse a insegurança uma das suas principais características.
Solução
A primeira coisa a fazer é identificar esse medo e reconhecê-lo. A partir daí, é importante que os dois elementos do casal trabalhem em conjunto para que os medos desapareçam. Uma consulta num psicólogo pode ajudar muito! Embora esse medo pudesse ter sido evitado com uma educação adequada, é importante que, em adultos, saibamos como a ligar o coração e a cabeça para conseguirmos amar de forma real. Neste ponto, a ajuda do namorado/a é essencial!
Detecta algum destes sinais no seu companheiro? Então, não desespere. Ao menos, o problema já foi identificado. Agora, é só dar-lhe força, ajudá-lo e ambos hão-de conseguir ultrapassá-lo. Em breve, estarão casados, vai ver!
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