Catarina e Manuel são um dos muitos casais que tiveram de adiar o seu casamento devido à pandemia provocada pela Covid-19. Mas se este novo coronavírus os impossibilitou de realizarem a sua planeada festa, com todos os entes queridos que já tinham convidado, não os impediu de celebrarem o matrimónio. "O mais simples que alguma vez poderíamos ter", revelam, mas "mais bonito do que alguma vez tínhamos imaginado", relembram."
Acaso? Nada é por acaso...
Catarina e Manuel conheceram-se num campo de férias para crianças e jovens, em julho de 2013, na Serra da Estrela. "Ambos em trabalho, mas em equipas diferentes", contam-nos, revelando que terem-se conhecido "foi um acaso muito feliz". Será, perguntamos nós? Um acaso? Ou terá o sábio destino juntado estas duas almas gémeas?
A verdade é que no último dia de campo de férias trocaram mensagens e desde então nunca mais pararam. "Decidimos combinar um geladinho. Fomo-nos conhecendo melhor e vimos que tínhamos muitas coisas que nos ligavam e que gostávamos um no outro", partilham.
E foi aí que começou a sua história de amor. "A história de amor mais bonita que há memória!", comentam. "Foi preciso estarem reunidas as condições para nos conhecermos e a química foi instantânea. Foi muito fácil identificar semelhanças nos dois. O casamento acabou por acontecer também de forma simples, mas mágica e cheia de sentimento. Às vezes a vida ensina-nos que o importante é simples e que precisamos de pouco para sermos felizes."
É preciso dizer mais?
O pedido de casamento
O pedido de casamento surgiu o ano passado, em agosto 2019, numa viagem a Paris. "Esse foi o nosso primeiro destino de férias e dizem que devemos sempre voltar onde somos felizes…", contam-nos. O momento aconteceu aquando da travessia da Ponte das Artes, onde tinham tirado uma bela fotografia em 2014. E logo a partir desse instante começaram a questionar como iriam querer o casamento. "Em tempos tínhamos falado em casar, mas a visão de ambos seria algo simples, mas ao mesmo tempo bonito, e que nos fizesse sentido", partilham. "Pensámos em assinalar a data de início de namoro, marcando a festa para novembro, mas decidimos preparar tudo com mais tempo, apontando para outra data muito feliz, o primeiro dia da primavera".
Festa organizada, festa adiada...
Mas a primavera chegou e, com ela, uma pandemia a nível planetário que jamais alguém teria imaginado que pudesse acontecer. Apanhando o mundo desprevenido, obrigou a uma série de casais que já tinham o seu casamento quase todo organizado a adiar a data que tinham escolhido para dizer o "Sim". Tal como Catarina e Manuel. "A pandemia começou uma semana e meia antes da data agendada para o nosso casamento", contam-nos, salientando que com o decorrer do tempo, a ideia do adiamento foi ficando cada vez mais próxima. Primeiro, começaram por desmarcar a lua-de-mel, pois não se sentiam confortáveis em sair do país, até porque Catarina está grávida! E depois começaram a pensar que a realização do casamento com todos os convidados previstos seria desconfortável quer para eles - pois não queriam colocar ninguém em perigo -, quer para os próprios convidados, que se viriam perante um dilema: por um lado não iriam querer perder o grande momento, mas por outro não se iriam sentir totalmente confortáveis.
A verdade é que Catarina e Manuel estavam com tudo a postos para darem o grande passo. "A organização do casamento correu de forma prática e espontânea", contam-nos, salientando que a Quinta das Riscas - o espaço escolhido para celebrar o seu amor - "entendeu desde logo que nós eramos daqueles noivos que não pretendíamos ter imensas reuniões de preparação, e como tal simplificaram ao máximo, e em duas reuniões decidimos tudo".
Quinta das RiscasO espaço foi-lhes recomendado por uma amiga da Catarina e desde o primeiro email que trocaram que testemunharam o empenho em todo o processo. "Estávamos em outubro e apenas tínhamos feito uma triagem por email", conta-nos Catarina. "Agendamos ao todo 3 visitas a espaços diferentes, sendo que a Quinta das Riscas foi a primeira visita, que nos marcou desde o início. Por coincidência, nesse mesmo dia, estava a casar um colega do Manel. Mais um sinal de que estávamos no caminho certo. Depois, foi rápido".
Os noivos dizem ainda que a Quinta transmitiu todo o profissionalismo e a tranquilidade para confiarem 100% no seu trabalho. Aliás, "um fator que pesou na escolha do espaço foi a flexibilidade e simpatia demonstrada por todos os colaboradores", salientaram.
Quinta das Riscas Quinta das RiscasMas com tudo pronto, a verdade é que o sonho teve de ser adiado. "Falámos com a Quinta das Riscas, para saber a opinião deles, e a resposta foi simples e ao encontro do que também pensávamos, colocando-nos à inteira disposição para nos ajudar", relatam, afirmando que, desta forma, "a decisão foi rápida e simples de tomar", pois o pensamento foi apenas "estas são aquelas pessoas que queremos proteger, aconteça o que acontecer e, sabemos também que elas estarão connosco, seja qual for a nossa decisão."
Assim, Catarina e Manuel enviaram logo email aos convidados a informar que iriam adiar a festa, mas ... "que ao mesmo tempo também tínhamos decido casar só os dois em casa, no mesmo dia. E as respostas dos familiares e amigos, que nos agradeceram e apoiaram a decisão que tomámos, foram qualquer coisa de especial, que nos encheu o coração", relembram.
Enfim, casados!
Após terem decidido adiar a festa, a situação ficou suspensa. Pensaram primeiro os dois no que iriam fazer e depois falaram com a conservadora, "que se manteve sempre disponível para nos ouvir e decidir em conformidade com o que achasse melhor".
No dia 20/03, véspera da data prevista para o casamento, foi-lhes então comunicado, pela mesma, que estava disponível para realizar a cerimónia em casa, reunindo-se então as condições que desejavam e possibilitando a celebração do matrimónio! E assim foi: "Realizámos a cerimónia mais bonita que alguma vez imaginávamos. Como a conservadora dizia, este casamento tinha de acontecer, e desta forma bonita, por termos conseguido tornar esta situação num momento simples e mágico".
Catarina Pimenta e Manuel GonçalvesComo tudo aconteceu
"Acho que podemos dizer que se sonhámos com um casamento SIMPLES, este foi sem dúvida o mais simples que alguma vez podíamos ter", relembram. "O casamento foi em nossa casa. Improvisámos tudo. Arranjámos a caixinha das alianças com flores secas que tínhamos em casa; escrevemos os nossos votos em papel de rascunho; vestimos a roupa com que nos sentíamos mais confortáveis, sendo nós próprios, sem rodeios. Não tivemos vestido / fato de noivos; não perdemos tempo no cabeleireiro nem maquilhadora; não tirámos foto com padrinhos e madrinhas. Ainda assim, tivemos direito a uns miminhos à porta e à janela; flores a fazer de bouquet, um almoço e uma sobremesa preparados e um concerto por telefone". O Copo-d'água foi na varanda, com direito a bolo que tinham feito na véspera, com o topo dos noivos já previamente escolhidos. E depois, "brindámos à felicidade e ao futuro!"
"Gostaríamos de referir ainda que ficámos extremamente sensibilizados com a videochamada realizada por parte da equipa da Quinta das Riscas, que se encontrava no local e hora onde nos deveríamos encontrar, caso a cerimónia não tivesse sido adiada", salientam.
Catarina Pimenta e Manuel Gonçalves Catarina Pimenta e Manuel GonçalvesApós este momento único, havia ainda que decidir: para quando a celebração do casamento com festa, amigos e familiares? "A Quinta das Riscas, que se manteve sempre em contacto connosco, propôs uma opção: 20 de março, no mesmo espaço", contam. "A decisão deveu-se em parte ao nascimento do nosso primeiro filho, previsto para setembro, e por, em termos operacionais, ser mais confortável para todos os convidados", acrescentam.
Uma mensagem para outros noivos
"Queremos deixar uma mensagem de ânimo para todos os casais que lerem este texto", afirmam Catarina e Manuel. "Apesar de um casamento implicar uma grande gestão e planeamento, existem sempre fatores que estão para lá do nosso controlo. Assim, é essencial sermos flexíveis, para sabermos encarar os imprevistos. Mas, tudo se resolve, a vida segue o seu caminho. Como escreveu Vivian Greene 'Viver não é esperar que a tempestade passe, é aprender a dançar entre os pingos da chuva'. Sejam felizes!"
Talvez também lhe interesse:
Comentários ()
Dê-nos a sua opinião